Você se
gabou tanto que tropeçou no próprio orgulho
Percebeu que
nada gravitava na sua órbita
No seu mundo
podre cheio de pensamentos doentios
Fez de si
mesmo uma armadilha sem volta
Mergulhou
em um mar de submissão
Tentou
controlar a todos e hipnotizou a si mesmo
Conheceu
as profundezas de sua fraqueza
Tentou
mudar a todos mas foi tratado com desprezo
Tornou-se
um ser demente e indefeso
Todas as
suas teorias imutáveis pararam no seu medo
Tudo
aquilo que sonhou afundou no abismo de seus erros
E se foi
um rei um dia agora é um servo do alheio
Agora seus
inimigos deslizam em suas fraquezas
Corroem
sua mente e enraízam seu desespero
Atravessam
cada uma de suas defesas
Fazem de
sua pose forte um paradoxo sem fim
E sua alma
vira cinzas em cada olhar ameaçador
Cada parte
do seu eu mergulha no âmago da dor
Despedaçam
seu espírito até ele desaparecer
Seu eu
inválido e cadavérico nada pode fazer
Te
enfraquecem pouco a pouco até seu ego gritante se render
Sua honra
sangra sabendo de tudo aquilo que nunca poderá vencer
Você está
perdendo cada migalha que restou do seu amor
E nem todo
esse ódio faz de você um batalhador
Cada
membro da sua glória morre
Diante do
mar de derrotas que vê te engolir
Suas
pernas sem forças correm tentando fugir
Mas sua
trágica história já está morta aqui
2 comentários:
Bela estreia! Um lindo poema gótico! Seja bem vinda!
Obrigado, que bom que gostou
Postar um comentário