quarta-feira, 20 de março de 2013

Um vácuo preenchido pela dor


Tanta fé em mim.
Depositam tanta confiança em meu nome.
Tudo não pode ser jogado fora.
Será que várias almas vagam em um mesmo corpo?

Vieram ventos e calmaria, tempestades e mil tormentos.
E ainda não há só uma pessoa aqui.
Espinhos e pétalas de rosas ao vento.
E ainda sou um reflexo do que tenho que decidir.

Eu não sou nem nunca vou ser como nenhum de vocês.
Mas fizeram esta alma que agora está partida em mil.
E mesmo cada parte destruída do meu ser,
Pode ver toda a vida como uma grande injustiça.

Eu estou desabando e não podem ver o porquê.
Estou morrendo em mim e ninguém pode me estender a mão.
Sei que devo fazer o possível para honrar o que acreditam que eu devo ser.
Mesmo debaixo das asas desta grande pressão.

Tantos sacrifícios e coisas a provar.
Tantas barreiras e decisões a tomar.
Elas não são mais apenas pensamentos, são o que me fazem.
Não sou mais carregada por elas, agora são elas que me trazem.

Vejo emoção em cada palavra que sai da sua boca.
No entanto nenhuma delas é dotada de muita razão.
Acabei me formando de uma barreira protetora que me puxa do mundo.
Mas você não vê? Está abrindo no meu coração um vazio profundo.

Se quero ficar longe não é por qualquer motivo.
Não é por razões bobas que seus afagos me soam agressivos.
Nem todo bem se faz de boas intenções.
Nem todo amor se mostra com mil proibições.

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