quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Inanimais


Às vezes sou má
Quando desejo espinhos aos inimigos
Às vezes quando pressinto perigo,
Vou lá, até você, como um abrigo.
Sou humana, imperfeita, desato,
Mato, desprezo, rezo, choro,
Amo e com teu gozo me deleito.
Sou eu que me vejo normal
E os impuros, os irreais,
Os podres seres, inanimais,
Pois animais são divinos,
Amigos são hinos, bons ventos...
E escrotos...bem, são sempre escrotos.
Numa roupagem de bons moços,
Que não passam de assassinos
De ideais, de sentimentos,
De amizades, anormais jumentos,
Que excretam em si mesmo...
E ainda choram pelos seus "ais".

Me

Um comentário:

Glauber Vieira disse...

Gostei Me, o tema é interessante, o ritmo está bom... Vc tem jeito pra coisa, rs, rs