sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Por que tudo que é eterno tem fim?


o piar de passarinhos
rompe a manhã que não queria nascer

preparo a defesa

aquieto-me e me resigno
em abandonar o refúgio da escuridão
em que permaneci nesta eternidade
com minha estrela e sua luz
fria e distante
onde nadavam meus sonhos

o dia nascerá muitas vezes em plutão?

não consegui voar até o limite
os fantasmas partem lentamente, fico só
eu e uma realidade que me arde na pele

(Celso Mendes)

2 comentários:

Fєrnαndєz ♠♠ disse...

Gosto de ler angustias transformadas em palavras.

Celso Mendes disse...

Obrigado, Fernandez. Feliz que tenha apreciado. Abraço!